Na última quinta-feira, dia 29, a equipe de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, realizou a sua tradicional Oficina de Atualidades, abordando, esse ano, o tema Empreendedorismo.
A partir do final da década de 1970, com as crises
do petróleo, países como a Inglaterra, Chile e Estados Unidos passam a adotar
uma política econômica de “enxugamento” das contas públicas do estado, o que
significa menos dinheiro para os direitos sociais, como saúde educação, segurança,
entre outros; de privatizações e diminuição da intervenção estatal na economia,
o que vai gerar um aumento significativo da precarização dos direitos
trabalhistas e aumento do desemprego. Este é o chamado modelo neoliberal, que
logo depois espalha-se pelo mundo.
Entraremos então, no século XXI, com esse modelo
imperando em grande parte dos países capitalistas. Nesse contexto, de extremo
poder dos grandes conglomerados de empresas, precarização e falta de emprego, o
empreendedorismo torna-se, no discurso neoliberal, a solução para todos os
problemas, jogando no trabalhador a responsabilidade total de seu sucesso
ou insucesso profissional. Ou seja, agora deve o trabalhador tornar-se a
empresa de si mesmo e empreender, caso não consiga um emprego. O fracasso nessa
empreitada seria unicamente responsabilidade do indivíduo.
Diante dessa conjuntura, é de relevante importância
esclarecer o conceito de empreendedorismo ao longo da História, bem como,
caracterizar empreendedores do passado e do presente. O papel do Estado também deve
ser desmistificado, pois a experiência histórica prova que ele não é um
elemento inibidor do empreendedorismo, como prega o discurso neoliberal, e sim
fundamental para a manutenção de recursos, incentivos de novos empreendedores,
e inovações tecnológicas.
Assim, a equipe também propôs uma reflexão sobre o mercado de trabalho atual e como buscar e desenvolver habilidades importantes para os tempos atuais.
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