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quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Projeto – Autor do mês – Conhecendo o Escritor

OUTUBRO – CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE

Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) nasceu em Itabira de Mato Dentro, Minas Gerais, no dia 31 de outubro de 1902. Filho de Carlos de Paula Andrade e Julieta Augusta Drummond de Andrade, proprietários rurais. Em 1916, ingressou em um colégio interno em Belo Horizonte. Doente, regressou para Itabira, onde passou a ter aulas particulares. Em 1918, foi estudar em Nova Friburgo, no Rio de Janeiro, também no colégio interno.
Em 1921, começou a publicar artigos no Diário de Minas. Em 1922, ganha um prêmio de 50 mil réis, no Concurso da Novela Mineira, com o conto "Joaquim do Telhado". Em 1923, matricula-se no curso de Farmácia da Escola de Odontologia e Farmácia de Belo Horizonte, concluindo-o em 1925. Nesse mesmo ano, casa-se com Dolores Dutra de Morais e funda "A Revista", veículo do Modernismo Mineiro.
Drummond leciona português e Geografia em Itabira, mas a vida no interior não lhe agrada. Volta para Belo Horizonte, emprega-se como redator no Diário de Minas. Em 1928, publica "No Meio do Caminho", na Revista de Antropofagia de São Paulo, provocando um escândalo, com a crítica da imprensa. Ainda nesse ano, ingressa no serviço público como auxiliar de gabinete da Secretaria do Interior.
 Publica, em 1930, o volume "Alguma Poesia", abrindo o livro com o "Poema de Sete Faces", que se tornaria um dos seus poemas mais conhecidos: “Mundo mundo vasto mundo se eu me chamasse Raimundo seria uma rima, não seria uma solução". Faz parte do livro também, o polêmico “No Meio do Caminho", “Cidadezinha Qualquer" e “Quadrilha".
Em 1934, muda-se para o Rio de Janeiro e assume a chefia de gabinete do Ministério da Educação, do ministro Gustavo Capanema. Em 1942 publica seu primeiro livro de prosa, "Confissões de Minas". Entre os anos de 1945 e 1962, foi funcionário do Serviço Histórico e Artístico Nacional.
Foi premiado, em 1946, pela Sociedade Felipe de Oliveira, pelo conjunto da obra. O Modernismo exerceu grande influência em Carlos Drummond de Andrade. O seu estilo poético era permeado por traços de ironia, observações do cotidiano, de pessimismo diante da vida e de humor. Drummond fazia verdadeiros "retratos existenciais" e os transformava em poemas com incrível maestria. Carlos Drummond de Andrade foi também tradutor de autores como Balzac, Federico Garcia Lorca e Molière.
Em 1950, viajou para a Argentina, para o nascimento de seu primeiro neto, filho de Julieta, sua única filha. Nesse mesmo ano estreia como ficcionista. Em 1962, se aposenta do serviço público mas sua produção poética não para. Os anos 60 e 70 são produtivos. Escreve também crônicas para jornais do Rio de Janeiro. Em 1967, para comemorar os 40 anos do poema “No Meio do Caminho" Drummond reuniu extenso material publicado sobre ele, no volume “Uma Pedra no Meio do Caminho - Biografia de Um Poema".
Carlos Drummond de Andrade faleceu no Rio de Janeiro, no dia 17 de agosto de 1987, doze dias depois do falecimento de sua filha, a escritora Maria Julieta Drummond de Andrade.

Obras de Carlos Drummond de Andrade:

No Meio do Caminho, poesia, 1928.
Alguma Poesia, poesia, 1930.
Poema da Sete Faces, poesia, 1930.
Cidadezinha Qualquer e Quadrilha, poesia, 1930.
Brejo das Almas, poesia, 1934.
Sentimento do Mundo, poesia, 1940.
Poesias e José, poesia, 1942.
Confissões de Minas, ensaios e crônicas, 1942.
A Rosa do Povo, poesia, 1945.
Poesia até Agora, poesia, 1948.
Claro Enigma, poesia, 1951.
Contos de Aprendiz, prosa, 1951.
Viola de Bolso, poesia, 1952.
Passeios na Ilha, ensaios e crônicas, 1952.
Fazendeiro do Ar, poesia, 1953.
Ciclo, poesia, 1957.
Fala, Amendoeira, prosa, 1957.
Poemas, poesia, 1959.
A Vida Passada a Limpo, poesia, 1959.
Lições de Coisas, poesia, 1962.
A Bolsa e a Vida, crônicas e poemas, 1962.
Boitempo, poesia, 1968.
Cadeira de Balanço, crônicas e poemas, 1970.
Menino Antigo, poesia, 1973.
As Impurezas do Branco, poesia, 1973.
Discurso da Primavera e Outras Sombras, poesia, 1978.
O Corpo, poesia, 1984.
Amar se Aprende Amando, poesia, 1985.
Elegia a Um Tucano Morto, poesia, 1987.









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