O escorpião é um dos animais terrestres invertebrados mais
antigos da Terra, entre os animais vivos. Seu exoesqueleto permitiu explorar o
ambiente terrestre. Os escorpiões são invertebrados artrópodes, da classe dos
aracnídeos e da ordem Scorpiones.
Estes animais possuem em torno de 2000 espécies espalhadas
pelo mundo, menos na Antártida. Apesar de algumas espécies se adaptarem nos
climas mais intensos (próximo a 0° ou 50°), a maior parte delas prefere
temperaturas entre 20° e 40°.
São carnívoros e predam insetos e aranhas, principalmente,
mas podem predar animais maiores, até mesmo pequenos vertebrados. Durante a
reprodução há uma espécie de dança do acasalamento, que machos e fêmeas se unem
pelas pinças girando. Após a cópula é comum o canibalismo, a fêmea come o
macho. A maioria das espécies é ovovivípara (filhotes se desenvolvem dentro da
mãe, em ovos que lá eclodem), mas algumas são vivíparas (possuem uma espécie de
membrana equivalente a uma placenta). Após o nascimento, os filhotes andam no
dorso (costas) da mãe até sua primeira troca de pele, quando conseguem se
alimentar sozinhos. A longevidade depende da espécie, em torno de 5 anos de
idade, mas há registros de mais de 20 anos em algumas espécies. A maturidade
sexual ocorre depois do primeiro ano. O interessante é que existem algumas
espécies que fazem a partenogênese, sem a necessidade de um macho para
fecundar. São predados naturalmente por animais maiores, como aves, cobras,
aranhas, etc.
No fim da cauda do escorpião existe um segmento chamado telson e as glândulas de veneno, é o
chamado ferrão. Seu veneno contém substâncias neurotóxicas, enzimas,
histaminas, entre outras. Todos os escorpiões produzem substâncias tóxicas, mas
menos de 30 espécies podem causar a morte em humanos.
No Brasil, as duas espécies mais comuns em acidente são o
escorpião amarelo (Tityus serrulatus)
e escorpião preto (Tityus bahiensis).
A picada de um escorpião causa muita dor local, febre, sudorese, dispneia e
pode levar a óbito, principalmente crianças e idosos.
Tem-se observado que escorpiões estão se adaptando ao
ambiente urbano com grande facilidade, fato que colabora para o crescimento
populacional da espécie, dada sua biologia e comportamento, e aumenta o
potencial de acidentes devido a maior proximidade desses animais com grandes
populações humanas.
A incidência de acidentes com escorpiões tem se intensificado
principalmente nas duas últimas décadas. O tema tem chamado a atenção das
autoridades e dos pesquisadores. Dados do Ministério da Saúde mostram que em
2018 foram 141,4 mil em todo o País. No ano de 2017, foram 125 mil e, em 2016,
um total de 91,7 mil casos. O número representa um aumento de 16 mil
ocorrências em relação a 2017, e um crescimento de quase 50 mil em relação a
2016. Em 2018, ainda segundo o Ministério da Saúdo, o Brasil teve 99 mortes e
mais de 90 mil acidentes com escorpiões.
Na região de Presidente Prudente não é diferente, os ataques
envolvendo tais animais peçonhentos cresceram 7,84%, até novembro de 2018, no
DRS-11 (Departamento Regional de Saúde), ao se comparar com 2017, conforme
dados atualizados pela Secretaria de Estado da Saúde. Já no início deste ano, o
Centro de Controle de Zoonoses da cidade registrou aumento de 45,66% em
infestação de escorpiões: 1.410 aparecimentos no último ano, enquanto que, em
2017, a incidência foi de 968.
O biólogo Antonio Carlos Lofego, Professor Doutor do Departamento
de Zoologia e Botânica da Universidade Estadual Paulista (Unesp) em São José do
Rio Preto, destaca que o aumento da incidência em áreas urbanas está
diretamente relacionado à alta adaptação desses animais ao ambiente antrópico,
onde o ambiente favorece a sua proliferação. Ele explica que esses locais
oferecem as três condições mais importantes para a sua sobrevivência: abrigo,
alimento e ausência de predadores.
Estimam-se em 2,5 bilhões o número de pessoas em áreas de risco
para escorpiões no mundo e em 1,2 milhão os casos anuais de envenenamento, com
3.500 mortes, causadas essencialmente pela demora em buscar o atendimento
médico. “No Brasil, as picadas de escorpião são um problema de saúde pública
emergente e negligenciado, com um número crescente de registros a cada ano”,
lamenta o Dr. Monteiro.
Algumas hipóteses têm sido aventadas para explicar o aumento do
escorpionismo, entre eles a questão do desmatamento, condições precárias de
urbanização, e o aquecimento global, entretanto, parece não haver uma
explicação viável.
Portanto, esse projeto tem por objetivo sensibilizar e mobilizar a comunidade
escolar para o combate e controle dos escorpiões e na orientação dos alunos e
de toda comunidade.
Referências
bibliográficas:
https://www.infoescola.com/aracnideos/escorpiao/ . Acesso
17/10/2019.
http://www.imparcial.com.br/noticias/
. Acesso em 09/10/2019.
Manual de Controle de
Escorpiões.
http://www.prudentedigital.com.br/ccz/prudente/1 .
Acesso 09/10/2019.
https://www.portalbueno.com.br/
. Acesso em 09/10/2019.
https://www.sbmt.org.br/portal/accidents-with-scorpions-significant-increase-worries-authorities-and-population/
. Acesso em 17/10/2019.
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